segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Obesidade infantil


O QUE PODE SER FEITO?
A OBESIDADE infantil tem alcançado proporções epidêmicas em muitos países. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 22 milhões de crianças com menos de cinco anos estejam acima do peso.
Uma pesquisa nacional na Espanha revelou que 1 em cada 3 crianças está acima do peso ou é obesa. Na Austrália, a obesidade infantil triplicou em apenas dez anos (1985-1995). Nas últimas três décadas, o número de crianças obesas de 6 a 11 anos tem mais do que triplicado nos Estados Unidos.
A obesidade infantil também atinge países em desenvolvimento. De acordo com a Força-Tarefa Internacional da Obesidade, há mais crianças obesas do que desnutrídas em alguns lugares da Africa. Em 2007, o México era o segundo país com o maior índice de obesidade infantil, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Diz-se que, só na Cidade do México, o excesso de peso e a obesidade afetam 70% de crianças e adolescentes. O cirurgião pediatra, Dr. Francisco González, avisa que essa talvez seja “a primeira geração a morrer antes dos pais por complicações relacionadas à obesidade”.
Que complicações são essas? Três delas são:diabetes, pressão alta e doenças cardíacas. Esses problemas de saúde eram considerados comuns, na maioria dos casos, apenas em adultos. De acordo com o Instituto de Medicina dos EUA, 30% dos meninos e 40% das meninas que nasceram naquele país no ano d9 2000 correm um risco permanente de ter diabetes tipo 2, que está relacionado à obesidade.
Pesquisas mostram uma tendência alarmantes entre as crianças. O aumento no índice de obesidade está levando ao aumento no índice de pressão alta. “Se não revertemos essa crescente tendência, poderemos enfrentar um surto de nova doenças cardiovasculares em jovens e adultos”, avisa a Dra. Rebecca Din-Dzietham, da Faculdade de Medicina de Morehouse, em Atlanta, EUA.

Fatores que contribuem para o problema

O que está por trás dessa epidemia global de obesidade infantil? Embora a genética talvez seja um dos fatores, o aumento alarmante da obesidade em décadas recentes parece indicar que os genes não são a única causa. Stephen O’Rahilly, professor de bioquímica e medicina clinica da Universidade de Cambridge, Inglaterra, declara: “Nada relacionado à genética explica o aumento da obesidade. Nossos genes não podem ser mudados em 30 anos.”
Ao comentar sobre as causas, a Clínica Mayo, nos Estados Unidos, diz: “Embora existam algumas causas genéticas e hormonaís para a obesidade infantil, a maioria dos casos de excesso de peso é resultado de crianças que comem muito e se exercitam pouco.” Dois exemplos ilustram uma nova tendência nos hábitos alimentares.
Primeiro, pais que trabalham fora têm menos tempo e energia para preparar as refeições, assim é cada vez mais comum consumir fast-food. Restaurantes especializados nesse tipo de comida têm surgido em toda parte do mundo. Um estudo relatou que quase um terço de todas as crianças e adolescentes entre 14 e 19 anos come fast-food todo dia. Em geral, esse tipo de comida tem alta concentração de açucar e gorduras e é oferecido em irresistíveis porções maiores. Outro problema em consideração é que segundo as pessoas tem se substituído o leite e água por refrigerante. Muitas pessoas gastam por ano mais dinheiro com refrigerantes, especialmente os à base de cola.
De acor com o livro Overcoming childhood obesity (como vencer o Obesidade Infantil), uma pessoa que bebe apenas um refrigerante de 600 mililitros por dia pode engodar 11 quilos num ano!.


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